terça-feira, 15 de junho de 2010

CHICO XAVIER EM FOCO

Desde a infância Chico Xavier conheceu a dor, a presença de espíritos e do mundo paranormal em sua vida

Nascido no dia 02 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, cidade a 46 km de Belo Horizonte, Francisco Cândido Xavier era filho de João Cândido e Maria João de Deus. Seu pai tinha temperamento de artista, gostava de serenatas, foi cambista de bilhetes de loteria. Sua mãe, filha de lavadeira, era neta de índia. A matriz genética do povo brasileiro está presente no DNA e na base corpórea de Chico: a do ameríndio, do português e do negro.

Foi o falecimento da mãe que mudou sua vida, quando passou a ser cuidado pela madrinha, que lhe batia todo dia. Em seguida seu pai casou-se novamente, e sua madrasta Cidália foi quem o acolheu, assim como os irmãos, que estavam afastados da família. Ainda criança, passou a ver conversar com sua mãe desencarnada. Teve que ajudar no sustento da casa e na educação dos irmãos. Iniciou sua missão mediúnica em 8 de julho de 1927, na cidade natal, no interior mineiro.

Aos 17 anos, recebeu as primeiras páginas psicografadas. Em noite memorável, os Espíritos deram início a um dos trabalhos mais belos da humanidade. Foram preenchidas 17 folhas de papel, versando sobre os deveres do espírita-cristão. Em 1931, apareceu-lhe o seu mentor espiritual, Emmanuel. Na introdução do livro "Lições de Sabedoria", organizado pela médica e espírita Marlene Nobre, ela explica que o próprio Chico reconhece três períodos distintos em sua vida mediúnica: "a primeira, dos 4 aos 17 anos, época em que via sua mãe e estava sob a influência de entidades felizes e infelizes; a segunda, dos 17 aos 21 anos, quando conheceu o Espiritismo e psicografou mensagens dos espíritos amigos e que foram inutilizadas, a pedido deles, por se tratarem de esboços e exercícios de adestramento e, finalmente, o terceiro período, de 1931 até 2002, que se iniciou com a presença do espírito guia Emmanuel, quando este assumiu o encargo de orientar suas atividades mediúnicas".

A partir de 1932, com a publicação do "Parnaso de Além Túmulo", coletânea de poesias de escritores brasileiros e portugueses desencarnados, os livros psicografados por seu intermédio começam a ser editados pela Federação Espírita Brasileira (FEB). Foi assim com as 85 primeiras obras. As demais foram publicadas por outras editoras. Os direitos autorais de seus 412 livros foram integralmente doados a entidades assistenciais espalhadas pelo Brasil.



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