PALMEIRA
Babaçu, carnaúba, coqueiro
São de porte elegantes altaneiras.
Tem palmeiras que são brasileiras
E embelezam a flora e o pomar.
Têm palmeiras anã e normal
Também há a palmeira imperial.
Há na mata, jardim e quintal
E nas praias do meu Ceará.
Há palmeira que é centenária
Nela habitam o cupido e o canário
De onde entoam o seu gorjear.
E na voz do saudoso poeta:
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá."
Autora: Anete Bezerra
segunda-feira, 26 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
MORINGA
MORINGA
É bem fácil o seu cultivo
Prefere, então, sol a sombra.
Cresce rápido e fica altiva
Possui outros cognomes.
Muito rica em ferro e cálcio,
Sua folha em forma oval,
Usa-se tal qual salsa,
De modo bem natural.
Substancia o alimento,
Em forma de condimento
Nas refeições degustar.
Purifica água, a semente,
É um filtro no ambiente,
Vitamina no pomar.
É bem fácil o seu cultivo
Prefere, então, sol a sombra.
Cresce rápido e fica altiva
Possui outros cognomes.
Muito rica em ferro e cálcio,
Sua folha em forma oval,
Usa-se tal qual salsa,
De modo bem natural.
Substancia o alimento,
Em forma de condimento
Nas refeições degustar.
Purifica água, a semente,
É um filtro no ambiente,
Vitamina no pomar.
Autora: Anete Bezerra
ROSAS
ROSAS
Era chegado o tempo da primavera
Rosas dália, rosa amélia, rosa menina,
Flores brancas, vermelhas e amarelas,
Crisântemo, orquídea, cravo e bonina.
As essências confundiam as abelhas,
Os beija-flores ficavam embriagados
O silêncio orquestrava aquela ceia
Sobre o pólen que ali era exalado.
Aquela vista era uma tela natural
Os botões desabrochando po igual
No momento em que o sol raiava
O autor daquela grande beleza
Que brotava do seio da natureza
Era Deus que presente ali estava.
Era chegado o tempo da primavera
Rosas dália, rosa amélia, rosa menina,
Flores brancas, vermelhas e amarelas,
Crisântemo, orquídea, cravo e bonina.
As essências confundiam as abelhas,
Os beija-flores ficavam embriagados
O silêncio orquestrava aquela ceia
Sobre o pólen que ali era exalado.
Aquela vista era uma tela natural
Os botões desabrochando po igual
No momento em que o sol raiava
O autor daquela grande beleza
Que brotava do seio da natureza
Era Deus que presente ali estava.
Autora: Anete Bezerra
segunda-feira, 19 de julho de 2010
A PEDRA
A PEDRA
Tão grande era a pedra
Tão linda de olhar
Pros nativos foi mesa,
Foi cama, foi lar.
Tão bela era a pedra
Era de encantar.
Os bichos acatava
No seu patamar.
Tão alta era a pedra
Punha-lhe a vista o alpinista
Querendo-a trilhar.
Tão dura era a pedra
Mas a pólvora, a dinamite
A fez pó e foi pro ar.
Tão grande era a pedra
Tão linda de olhar
Pros nativos foi mesa,
Foi cama, foi lar.
Tão bela era a pedra
Era de encantar.
Os bichos acatava
No seu patamar.
Tão alta era a pedra
Punha-lhe a vista o alpinista
Querendo-a trilhar.
Tão dura era a pedra
Mas a pólvora, a dinamite
A fez pó e foi pro ar.
Autora: Anete Bezerra
CAÇADOR
CAÇADOR
Na trilha da mata
Uma arma ele acata
E atrás de uma paca
Está o caçador.
Ele pisa macio
Sem medo do frio
E na moita ou no rio
Está seu dissabor.
Sua mente é insana
Ele mata sem pena
Ele é um predador.
Coitada da caça!
Por onde ele passa
Deixa a selva em dor.
Na trilha da mata
Uma arma ele acata
E atrás de uma paca
Está o caçador.
Ele pisa macio
Sem medo do frio
E na moita ou no rio
Está seu dissabor.
Sua mente é insana
Ele mata sem pena
Ele é um predador.
Coitada da caça!
Por onde ele passa
Deixa a selva em dor.
Autora: Anete Bezerra
sábado, 17 de julho de 2010
O ENCONTRO FATAL DO ESCORPIÃO
O ENCONTRO FATAL DO ESCORPIÃO
Ocorre na primavera,
Às vezes chega ao verão,
A fantasia a quimera,
O copular, a paixão.
A fêmea dócil parece,
Fingindo-se tão submissa,
Sua performance exerce,
Não importa o sacrifício.
O macho, a fêmea guiando,
As caudas vai levantando,
Até a chegada hora;
O clima vai esquentando,
E a fêmea depois de tudo,
Mata o macho e o devora.
Ocorre na primavera,
Às vezes chega ao verão,
A fantasia a quimera,
O copular, a paixão.
A fêmea dócil parece,
Fingindo-se tão submissa,
Sua performance exerce,
Não importa o sacrifício.
O macho, a fêmea guiando,
As caudas vai levantando,
Até a chegada hora;
O clima vai esquentando,
E a fêmea depois de tudo,
Mata o macho e o devora.
Autora: Anete Bezerra
IPÊ ROXO
IPÊ ROXO
Árvore alta de flores arroxeadas
Vinte cinco a trinta metros de altura.
Chama atenção pela beleza da florada
Chega a sessenta centímetro de espessura.
Combate alguns tumores cancerígenos
Auxiliar nas doenças estomacais,
Impigens, inflamações e sífilis.
O cozimento do cerne para lavagens.
Os botânicos chamam-na de árvore buquê,
Jabebuia, planta mestra, ipê,
Lapachos ou o popular pau-d'arco.
Em sonho uma paciente terminal
Um monge lhe indicou o vegetal
E ela curou-se dos cistos neoplásicos.
Árvore alta de flores arroxeadas
Vinte cinco a trinta metros de altura.
Chama atenção pela beleza da florada
Chega a sessenta centímetro de espessura.
Combate alguns tumores cancerígenos
Auxiliar nas doenças estomacais,
Impigens, inflamações e sífilis.
O cozimento do cerne para lavagens.
Os botânicos chamam-na de árvore buquê,
Jabebuia, planta mestra, ipê,
Lapachos ou o popular pau-d'arco.
Em sonho uma paciente terminal
Um monge lhe indicou o vegetal
E ela curou-se dos cistos neoplásicos.
Autora: Anete Bezerra
sexta-feira, 16 de julho de 2010
SAÚVAS
SAÚVAS
Saúvas trabalhadoras
É de noite é de dia
No sol quente do meio dia
Elas se põem a lidar.
Saúva trabalhadora
De sol nascente a poente
Trabalha insistentemente
Sem tempo pra descansar.
Saúvas trabalhadoras
Elas são as provedoras
E nunca vão passear.
Tem gente que é saúva
Trabalha, luta se turra
E deixa a vida passar.
Saúvas trabalhadoras
É de noite é de dia
No sol quente do meio dia
Elas se põem a lidar.
Saúva trabalhadora
De sol nascente a poente
Trabalha insistentemente
Sem tempo pra descansar.
Saúvas trabalhadoras
Elas são as provedoras
E nunca vão passear.
Tem gente que é saúva
Trabalha, luta se turra
E deixa a vida passar.
Autora: Anete Bezerra
ÁGUIA
ÁGUIA
Ave de rapina, tem garras fortes
É conhecida como predadora.
O bico curvo facilita o corte
Independente, brava e lutadora.
Seu voo alto pelas montanhas
Assemelha-se ao condor andino.
Inteligente em suas artemanhas
Entre as trincheiras faz o seu ninho.
O bicho águia é perspicaz
Não se permite enganar jamais
É bastante atento, de olho aberto.
O homem águia é sempre vencedor
Mesmo não sendo um pássaro voador
Sabe discernir e escolher o certo.
Ave de rapina, tem garras fortes
É conhecida como predadora.
O bico curvo facilita o corte
Independente, brava e lutadora.
Seu voo alto pelas montanhas
Assemelha-se ao condor andino.
Inteligente em suas artemanhas
Entre as trincheiras faz o seu ninho.
O bicho águia é perspicaz
Não se permite enganar jamais
É bastante atento, de olho aberto.
O homem águia é sempre vencedor
Mesmo não sendo um pássaro voador
Sabe discernir e escolher o certo.
Autora: Anete Bezerra
quinta-feira, 15 de julho de 2010
COELHO
COELHO
Retrata a fertilidade,
Roedor que vive em bandos
Sua especialidade
Copular em qualquer canto.
É belo por natureza,
Na floresta ele é garboso.
O seu pêlo tem leveza,
É meio escrupuloso.
É também simbolo pascal,
Ele em forma de animal
E a massa, em pão sem fermento.
Um ser muito especial,
Incapaz de fazer mal
A qualquer sobrevivente.
Roedor que vive em bandos
Sua especialidade
Copular em qualquer canto.
É belo por natureza,
Na floresta ele é garboso.
O seu pêlo tem leveza,
É meio escrupuloso.
É também simbolo pascal,
Ele em forma de animal
E a massa, em pão sem fermento.
Um ser muito especial,
Incapaz de fazer mal
A qualquer sobrevivente.
Autora: Anete Bezerra
COLIBRI
COLIBRI
É gracioso e inefável
Tem magnitude e primores
Um pássaro destacável
No polinizar das flores.
Muito veloz é seu voo
Príncipe da natureza
Deve-se ao seu labor
Os frutos que vão a mesa.
Na suave pequenez
Foi assim que Deus o fez
Para enfeitar o pomar.
Chupa-mel sem timidez
Encanta a qualquer freguês
Que pousa nele o olhar.
Tem magnitude e primores
Um pássaro destacável
No polinizar das flores.
Muito veloz é seu voo
Príncipe da natureza
Deve-se ao seu labor
Os frutos que vão a mesa.
Na suave pequenez
Foi assim que Deus o fez
Para enfeitar o pomar.
Chupa-mel sem timidez
Encanta a qualquer freguês
Que pousa nele o olhar.
Autora: Anete Bezerra
VENTO
VENTO
Vento que a folha da árvore balança
De um lado ao outro pra lá e pra cá;
Vento que em seu embalar não se cansa
De energia eólica fabricar.
Vento que a onda do oceano agita,
Vento que espalha a semente no chão,
Vento que desloca o som do apito,
Vento que refresca a vegetação.
Vento que dirige a nuvem escura,
Vento que assanha os cabelos da musa,
Vento que seca a roupa do varal.
Vento que engenha o formato das dunas,
Vento que sabe a leveza da pluma,
Vento na fúria tufão, vendaval.
Vento que a folha da árvore balança
De um lado ao outro pra lá e pra cá;
Vento que em seu embalar não se cansa
De energia eólica fabricar.
Vento que a onda do oceano agita,
Vento que espalha a semente no chão,
Vento que desloca o som do apito,
Vento que refresca a vegetação.
Vento que dirige a nuvem escura,
Vento que assanha os cabelos da musa,
Vento que seca a roupa do varal.
Vento que engenha o formato das dunas,
Vento que sabe a leveza da pluma,
Vento na fúria tufão, vendaval.
Autora: Anete Bezerra
SOL
SOL
Ao amanhecer do dia ele nasce
Exuberante, lindo e reluzente;
Torna a natureza cheia de graça
Neste momento em que se faz presente.
Às vezes ele se esconde na nuvem
Só para disfarçar sua nobreza.
Seu calor e seus raios quando surgem
Ostentam, portanto, grande beleza.
Estrela radiante e soberana
É fonte de vida ao ser humano,
Noutros planeta sua luz impera.
Reluz formoso envolto ao oceano
Também vítima de todo esse drama
Do efeito estufa que consome a terra.
Ao amanhecer do dia ele nasce
Exuberante, lindo e reluzente;
Torna a natureza cheia de graça
Neste momento em que se faz presente.
Às vezes ele se esconde na nuvem
Só para disfarçar sua nobreza.
Seu calor e seus raios quando surgem
Ostentam, portanto, grande beleza.
Estrela radiante e soberana
É fonte de vida ao ser humano,
Noutros planeta sua luz impera.
Reluz formoso envolto ao oceano
Também vítima de todo esse drama
Do efeito estufa que consome a terra.
Autora: Anete Bezerra
HIBISCO
HIBISCO
De origem africana e asiática
É um arbusto perene das malváceas.
Alguns o chamam de rosa da Jamaica
Medicinal como extrato de farmácia.
As folhas são ricas em vitaminas
Especiaria do cuxá e da salada.
As sementes pssuem óleo e proteína;
A geleia vem do cálice triturado.
O hibiscus possui ação diurética,
Reduz a glicose, previne o diabete,
Na culinária é um bom ingrediente.
Anti-inflamatório redutor da hipertensão
Para bronquite também há indicação
Auxiliar para o emagrecimento.
É um arbusto perene das malváceas.
Alguns o chamam de rosa da Jamaica
Medicinal como extrato de farmácia.
As folhas são ricas em vitaminas
Especiaria do cuxá e da salada.
As sementes pssuem óleo e proteína;
A geleia vem do cálice triturado.
O hibiscus possui ação diurética,
Reduz a glicose, previne o diabete,
Na culinária é um bom ingrediente.
Anti-inflamatório redutor da hipertensão
Para bronquite também há indicação
Auxiliar para o emagrecimento.
Autora: Anete Bezerra
quarta-feira, 14 de julho de 2010
LÍRIO
LÍRIO
No jardim é formoso e se destaca.
É garboso e tem a cor da pureza.
As suas flores são muito aromáticas,
Quão enorme é sua delicadeza.
Companheiro das noites de luar,
Para as noivas um requintado enfeite
Faz ao poeta a inspiração pairar
Também chamado de copo-de-leite.
Muito encantador é o seu perfil
É conhecido por todo Brasil
Um ramalhete simboliza amor.
Lírio! Como é cheio de encantos mil,
No campo será sempre varonil
E encantará a abelha e o beija-flor.
É garboso e tem a cor da pureza.
As suas flores são muito aromáticas,
Quão enorme é sua delicadeza.
Companheiro das noites de luar,
Para as noivas um requintado enfeite
Faz ao poeta a inspiração pairar
Também chamado de copo-de-leite.
Muito encantador é o seu perfil
É conhecido por todo Brasil
Um ramalhete simboliza amor.
Lírio! Como é cheio de encantos mil,
No campo será sempre varonil
E encantará a abelha e o beija-flor.
Autora: Anete Bezerra
segunda-feira, 12 de julho de 2010
FLOR DE MARACUJÁ
FLOR DE MARACUJÁ
Quanta magnitude deu-lhe a natureza
É a mais misteriosa do pomar;
Tem enigma fascinante na beleza,
Medicinal, o seu chá faz acalmar.
Dizem os missionários estrangeiros,
Que a coroa totalmente fliligrada,
Infere-se a semelhança pioneira
A coroa de Cristo crucificado.
Três estigmas que brotam da linda flor,
São os três cravos que o pregaram na dor,
Em um madeiro no formato de cruz.
Cinco anteras, cinco chagas _ Redentor;
As gavinhas o chicote do horror,
É a flor-da-paixão de Cristo Jesus.
É a mais misteriosa do pomar;
Tem enigma fascinante na beleza,
Medicinal, o seu chá faz acalmar.
Dizem os missionários estrangeiros,
Que a coroa totalmente fliligrada,
Infere-se a semelhança pioneira
A coroa de Cristo crucificado.
Três estigmas que brotam da linda flor,
São os três cravos que o pregaram na dor,
Em um madeiro no formato de cruz.
Cinco anteras, cinco chagas _ Redentor;
As gavinhas o chicote do horror,
É a flor-da-paixão de Cristo Jesus.
Autora: Anete Bezerra
GIRASSOL
GIRASSOL
Porte elegante e garboso
Sempre a procura do sol
Na sombra é meticuloso
Recata-se no arrebol.
Miolo-coração da flor
É como uma comunidade
Muitas famílias ao redor
Em clima de amizade.
No caule a sua ereção,
é a busca da retidão
Que não conhecem os precitos.
Mil flores em integração
Unidade e cooperação
União da matéria e espírito.
Sempre a procura do sol
Na sombra é meticuloso
Recata-se no arrebol.
Miolo-coração da flor
É como uma comunidade
Muitas famílias ao redor
Em clima de amizade.
No caule a sua ereção,
é a busca da retidão
Que não conhecem os precitos.
Mil flores em integração
Unidade e cooperação
União da matéria e espírito.
Precito: condenado
Autora: Anete Bezerra
CAJU - POEMA CONCRETO
Poemas concretos são construídos a partir do formato do conteúdo que expressa. O poema abaixo tem o formato da planta, o pé de cajueiro.
CAJU
Caju, caju!
Se me alimento de tu
fico forte resistente, inteligente.
Caju, caju, se me alimento de tu
tenho alta imunidade, tenho sempre a mesma idade.
Vitamina, minerais carboidratos
e de fato muito betacareteno.
Caju, caju!
Ca
ju
C
A
J
U
C C C C
A A A A A
J J J J J J J J
U U U U U U U U
Autora: Anete Bezerra
sábado, 10 de julho de 2010
CAJUEIRO
CAJUEIRO
Anarcadium ocidentale - acaiu
Como samba ele é brasileirinho
Os indígenas o chamavam de caju
Seus galhos, moradas dos passarinhos.
Chá das folhas cicatrizam as feridas;
A raiz - um laxante, diz a ciência;
Pseudofruto em vitamina C riquíssimo,
Fósforo, minerais e ferro por excelência.
A noz - dos deuses a especiaria
Tem minerais, proteína esta iguaria,
Da polpa - o doce, o suco são aceitos.
Aos vinte metros sua sombra magistral.
Há na serra no sertão e litoral.
Desta planta tudo se aproveita.
Autora : Anete Bezerra
Anarcadium ocidentale - acaiu
Como samba ele é brasileirinho
Os indígenas o chamavam de caju
Seus galhos, moradas dos passarinhos.
Chá das folhas cicatrizam as feridas;
A raiz - um laxante, diz a ciência;
Pseudofruto em vitamina C riquíssimo,
Fósforo, minerais e ferro por excelência.
A noz - dos deuses a especiaria
Tem minerais, proteína esta iguaria,
Da polpa - o doce, o suco são aceitos.
Aos vinte metros sua sombra magistral.
Há na serra no sertão e litoral.
Desta planta tudo se aproveita.
Autora : Anete Bezerra
quarta-feira, 7 de julho de 2010
O inverno
Em algumas regiões o inverno é uma estação quente. Mas aqui no no Ceará o inverno é o período chuvoso. Quando realmente chove a alegria é geral. A natureza fica em festas.
O INVERNO
O INVERNO
O inverno apraz-nos com graciosos verdores,
Traz águas fartas vasta beleza aos pomares,
Campos, vales, encostas e arredores,
Envoltos de encantos por infindos olhares.
Ecoa o coaxo dos sapos e das rãs,
O gemido do trovão longíquo ressoa;
Rios transbordam alegra-se o corimã;
Manhãs brumosas envolvidas de garoa.
Chuvas torrentes que encorajam o lavrador
Ir ao roçado plantar, mostrar seu vigor,
Encantos mil ressurgem por toda floresta.
O milho verde pendoando que primor!
Os regatos caudalosos quanto esplandor!
Natureza no inverno é grande festa.
Traz águas fartas vasta beleza aos pomares,
Campos, vales, encostas e arredores,
Envoltos de encantos por infindos olhares.
Ecoa o coaxo dos sapos e das rãs,
O gemido do trovão longíquo ressoa;
Rios transbordam alegra-se o corimã;
Manhãs brumosas envolvidas de garoa.
Chuvas torrentes que encorajam o lavrador
Ir ao roçado plantar, mostrar seu vigor,
Encantos mil ressurgem por toda floresta.
O milho verde pendoando que primor!
Os regatos caudalosos quanto esplandor!
Natureza no inverno é grande festa.
Autora: Anete Bezerra
terça-feira, 6 de julho de 2010
O MAR
Não passa despercebida a magnitude que habita na grandeza do mar. É fácil descrevê-lo porque a energia que nos passa enche-nos de inspiração, magia, introspecção. É assim surgiu este soneto.
O mar
Na imensidão do mar há a beleza,
Que ninguém jamais pode desvendar;
Esconde segredos da natureza,
E os encantos da bela iemanjá.
Nas ondas calmas abrigas o ninho
Da alcíone, ave fabulosa,
Alma-de-mestre chamam-na com carinho
Felizes presságios traz a venturosa.
Os igapós, rios, matas e fontes,
Não se assemelham ao grande estonteante
De enormes praias que aos amantes apraz.
Sua amplidão supera até os montes
É um lugar lindo ao céu semelhante,
Que ninguém jamais pode desvendar;
Esconde segredos da natureza,
E os encantos da bela iemanjá.
Nas ondas calmas abrigas o ninho
Da alcíone, ave fabulosa,
Alma-de-mestre chamam-na com carinho
Felizes presságios traz a venturosa.
Os igapós, rios, matas e fontes,
Não se assemelham ao grande estonteante
De enormes praias que aos amantes apraz.
Sua amplidão supera até os montes
É um lugar lindo ao céu semelhante,
Onde se encontra a verdadeira paz.
Alcíone: Pássaro do mar; mitologia: dizem que a fabulosa é portadora de felizes presságios porque fazia ninho sobre o mar calmo; ave aquática também chamada alma-de-mestre
Autora: Anete Bezerra
segunda-feira, 5 de julho de 2010
CACHOEIRA
A inspiração desse soneto surgiu a partir da visão panorâmica que as quedas dáguas oferecem, sobretudo as lindas cataratas existentes no Brasil a fora. Não obstante, aqui no interior cearense há uma linda bica, a bica do Ipu, conhecida por inúmeros turistas que já se deliciaram com aquela beleza inconfudível. Sempre tenho oportunidade de vê-la e contemplá-la.
Cachoeira
Vê-se de longe uma luz cor da paz
Ornamentando a majestosa serra;
Lindo cenário que aos olhos apraz,
Um véu de noiva que pureza encerra.
Quadro natural, bela catarata,
Encontro dos deuses lá acontecem.
Borbulham gasosas espumas de prata
Mergulham anfíbios e desaparecem.
A queda d'água é doce melodia
Leve fremir que afasta as calmarias,
Água que banha toda a área ribeira.
É uma atração daquela freguesia,
Lá tem turistas quase todo dia
Naquela deslumbrante cachoeira.
Ornamentando a majestosa serra;
Lindo cenário que aos olhos apraz,
Um véu de noiva que pureza encerra.
Quadro natural, bela catarata,
Encontro dos deuses lá acontecem.
Borbulham gasosas espumas de prata
Mergulham anfíbios e desaparecem.
A queda d'água é doce melodia
Leve fremir que afasta as calmarias,
Água que banha toda a área ribeira.
É uma atração daquela freguesia,
Lá tem turistas quase todo dia
Naquela deslumbrante cachoeira.
Fremir: Ecoar, vibrar
sexta-feira, 2 de julho de 2010
APOLOGIA À NATUREZA - SONETOS COMENTADOS
Este poema refere-se às montanhas que dão acesso às regiões serranas, sobretudo àquelas onde há um certo mistério, encanto e beleza. É o caso da serra da Ibiapaba. A parte descritiva do soneto foi inspirada, especificamente na ladeira que dá acesso ao distrito da Matriz de São Gonçalo da serra dos cocos. Distrito pertencente ao município de Ipueiras no Estado do Ceará.
Ladeira
Encante-se nas belezas daquela serra
Majestosa, cheia de verdejantes matas,
A natureza engenhou com arte singela
Suas belas torres de pedras sempre intactas.
Nela há vastos palmeirais de porte elegante,
Há lugares onde o homem nunca pisou.
Ladeira assombrosa de acesso aos viajantes,
Onde o nativo em outros tempos veredou.
Íngreme ladeira, vastíssima altitude,
Entretanto, apraz ao nobre, ao mísero ao rude.
Percebe-se de um lado, um abismo tenebroso,
Do outro, uma gigantesca rocha se conduz,
Formando uma barreira intransponível à truz.
Montanhas, ladeiras tudo é misterioso.
Majestosa, cheia de verdejantes matas,
A natureza engenhou com arte singela
Suas belas torres de pedras sempre intactas.
Nela há vastos palmeirais de porte elegante,
Há lugares onde o homem nunca pisou.
Ladeira assombrosa de acesso aos viajantes,
Onde o nativo em outros tempos veredou.
Íngreme ladeira, vastíssima altitude,
Entretanto, apraz ao nobre, ao mísero ao rude.
Percebe-se de um lado, um abismo tenebroso,
Do outro, uma gigantesca rocha se conduz,
Formando uma barreira intransponível à truz.
Montanhas, ladeiras tudo é misterioso.
Glossário:
Íngreme: dura, resistente.
Truz: Batida, pancada
Íngreme: dura, resistente.
Truz: Batida, pancada
AUTORA: Anete Bezerra
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